Resumo
A Atenção Primária à Saúde (APS) desempenha um papel essencial na promoção da saúde, sendo considerada a porta de entrada aos demais serviços no Sistema Único de Saúde. O presente estudo teve por objetivo caracterizar e analisar as demandas referentes aos atendimentos da psicoterapia infanto-juvenil de um ambulatório de Saúde Mental em município de tríplice fronteira. Para isto, realizou-se uma pesquisa documental, descritiva, transversal e de abordagem quantitativa. O período do estudo compreendeu setembro de 2022 a setembro de 2023. Foram atendidos 54 crianças e adolescentes, estes predominantemente do sexo feminino, com faixa etária entre 10 e 12 anos. Dentre as meninas e os meninos destacou-se a demanda de ansiedade com 43,3% e 29,2% respectivamente. Ressalta-se que, no momento de coleta de dados, 31,5% dos pacientes seguiam em acompanhamento psicológico e, dentre esses, uma paciente já estava na 25ª sessão e, a média de sessão para este grupo foi de 14 sessões. Por fim, os resultados deste estudo reforçam a necessidade de fortalecer e ampliar as ações de saúde mental na Atenção Primária à Saúde, investindo em capacitação de profissionais, sensibilização da comunidade e implementação de políticas públicas efetivas que promovam o acesso, a qualidade e a integralidade do cuidado em saúde mental para crianças e adolescentes.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.016-009