Resumo
O artigo submete nossas reflexões sobre os desafios do planejamento participativo e da gestão coletiva dos serviços de ATER/ATES em assentamentos de reforma agrária. O arcabouço conceitual da Escola de Bloomington, de economia institucional, é empregado para interpretar esses desafios como problemas de governança policêntrica e ação coletiva para a provisão de bens públicos e gestão de recursos de propriedade comum. A crítica habermasiana quanto aos limites da concepção de racionalidade instrumental é incorporada à análise para ampliar o entendimento dos modos diversos de engajamento nos processos dialógicos de participação. Tendo por base um esquema integrador das duas abordagens e resultados de pesquisas anteriores, o artigo conclui afirmando a impossibilidade de substituir a disposição interna a cooperar por esquemas de engenharia institucional e incentivos externos.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.018-004