Resumo
Os programas intergeracionais oferecem oportunidades de interação entre as gerações mais jovens e mais velhas em atividades que promovem o bem-estar físico e mental dos envolvidos. Propostas que investem nesses projetos em prol de ações preventivas para a saúde mental na infância e adolescência já revelaram a potencial contribuição dessas práticas para a prevenção do cuidado mental nesse período da vida. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo é identificar possíveis benefícios de programas intergeracionais para crianças e adolescentes vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais, utilizando para isso uma revisão integrativa da literatura, pois permite a inclusão de estudos experimentais e não experimentais, combinando dados teóricos e literatura empírica, para uma compreensão ampliada e atual do tema em análise. Por meio de busca nas bases de dados LILACS, Cochrane, PsycINFO, PubMed e Web of Science e utilizando a abordagem do ciclo de vida dos fatores de risco para transtornos mentais, foram identificados 283 artigos, dos quais apenas três foram incluídos. Os estudos selecionados descreveram programas intergeracionais que tiveram resultados positivos para as crianças e adolescentes envolvidos, como aumento da autoestima, melhoria das relações interpessoais, menor estresse e maior satisfação com a vida. Usando correlações científicas de pesquisas bem estabelecidas, tais resultados podem ser interpretados como benefícios para a saúde mental de crianças e adolescentes com fatores de risco para transtornos mentais. Assim, a revisão propõe um novo ponto de vista para aprofundar estudos em pesquisas futuras sobre o papel que os programas intergeracionais podem desempenhar na prevenção da saúde mental da população pediátrica.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.018-003