Resumo
A integração da Inteligência Artificial (IA) na gestão pública representa uma revolução potencial na maneira como os serviços governamentais são entregues no Brasil. Este estudo explora as complexidades, oportunidades e desafios associados à adoção da IA, com foco especial na análise das barreiras éticas, legais e tecnológicas que moldam essa transformação. Através de uma investigação detalhada, identificamos que, enquanto a IA tem o potencial de melhorar significativamente a eficiência, a transparência e a inovação nos processos governamentais, sua implementação enfrenta obstáculos significativos, incluindo infraestrutura inadequada, falta de dados de qualidade, desafios regulatórios e preocupações éticas profundas. O estudo destaca que a adoção eficaz da IA exige não apenas o aprimoramento da infraestrutura tecnológica e a capacitação de pessoal, mas também o desenvolvimento de um quadro legal robusto e políticas éticas que garantam o uso responsável da tecnologia. Argumenta-se que é crucial estabelecer regulamentações claras e mecanismos de governança para superar esses desafios, assegurando que a IA seja utilizada de forma ética e que contribua positivamente para a administração pública. As considerações finais reiteram a necessidade de uma abordagem holística e cuidadosa, sugerindo que o sucesso na integração da IA dependerá significativamente de investimentos contínuos em tecnologia, educação e legislação. Além disso, propõe-se direções futuras para pesquisas que avaliem o impacto a longo prazo da IA e que explorem estratégias internacionais comparativas como benchmarking para aprimorar a legislação brasileira. Este trabalho conclui que a IA, se implementada de maneira responsável e estratégica, pode servir como uma alavanca poderosa para a modernização e a eficiência do setor público, melhorando a qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos e fortalecendo a transparência e a responsabilidade governamental.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.014-009