Resumo
Esse estudo trata do discurso de profissionais de saúde que atuam na atenção primária sobre o atendimento à mulheres com deficiência auditiva. Teve como objetivos: conhecer sentimentos referidos pelos profissionais de saúde sobre a possibilidade de atender uma gestante com deficiência auditiva e discutir o preparo para esse atendimento ser de qualidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa realizada com 31 profissionais de saúde (enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde) de Unidades Básicas de Saúde (UBS) de um município da região médio-paraíba do estado do Rio de Janeiro. A maioria dos participantes já teve contato com o curso de LIBRAS e um número menor teve experiência em atender gestantes com alguma deficiência auditiva. Os resultados permitiram formular as seguintes categorias: Sentimento de impotência ao atender uma gestante deficiente auditiva, Sentimento de tristeza frente ao cuidado a uma gestante deficiente auditiva e Falta de capacitação para atender uma gestante deficiente auditiva. Conclui-se que os profissionais não se sentem preparados para lidar com esse público, se sentem impotentes e tristes frente ao cuidado com gestantes deficientes auditivas e não se sentem aptos para prestar uma assistência segura e de qualidade.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.005-020