Resumo
A Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa endêmica em cerca de 100 países, com três formas predominantes: a cutânea, a mucosa e a visceral. É classicamente, transmitida pela picada do mosquito Lutzomyia e cursa, após a infecção, com a formação de lesão papulosa, a qual evolui para formação de nódulo, podendo até estar associada com adenopatia regional. A Leishmaniose Cutânea (LC), merece atenção especial pois é a apresentação mais recorrente de LTA, subdividida em duas formas: localizada e disseminada. O diagnóstico da LTA compreende a associação da história clínica com o perfil epidemiológico local, associado com exames laboratoriais que comprovem a presença de Leishmania. Os exames complementares de escolha são: o histopatológico, que revela a presença do amastigota em tecido; o isolamento do parasita em meio de cultura in vitro e a detecção de DNA do parasita por meio de exame de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Quanto ao tratamento dessa patologia, foco principal deste trabalho, existem drogas em desenvolvimento e outros fármacos de uso já consagrado, a citar: antimoniais pentavalentes, a anfotericina B lipossomal ou desoxicolato, além da pentamidina, que pertence às diaminas aromáticas e é utilizada para tratamento em regiões do continente americano, asiático e africano. Visto isso, ao considerar o impacto que a LTA pode provocar na qualidade de vida humana, entende-se a necessidade de elencar os principais medicamentos utilizados no seu tratamento, com o intuito de compará-los e enumerar as opções mais eficazes e seguras. Portanto, foi realizada uma revisão sistemática de literatura, em que se foram avaliadas, detalhadamente, pesquisas e trabalhos científicos publicados nos últimos 10 anos (janeiro de 2014 - janeiro de 2024), nas bases de dados bibliográficos PubMed e na Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Assim, será possível analisar quais as opções terapêuticas disponíveis no mercado, além de citar os novos medicamentos em desenvolvimento, sobretudo com o intuito de minimizar os efeitos colaterais das drogas em uso.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.007-072