Resumo
O artigo propõe uma reflexão sobre a complexidade da mente humana e os estigmas associados à loucura ao longo da história e na sociedade contemporânea. Abordando conceitos fundamentais sobre saúde mental, a evolução da compreensão da loucura no mundo e sua relação com o contexto brasileiro, o texto destaca a importância de uma abordagem inclusiva e compassiva no cuidado das pessoas com transtornos mentais. A evolução das concepções de loucura ao longo da história é apresentada, destacando a transição de termos como alienação mental para transtorno mental, refletindo mudanças sociais, políticas e científicas. O texto ressalta a necessidade de substituir termos estigmatizantes por uma linguagem mais atualizada e menos pejorativa, promovendo uma compreensão mais ampla e respeitosa da saúde mental. Além disso, o artigo discute a importância da saúde mental como um projeto coletivo, que deve ser incorporado no dia a dia e não se restringir a campanhas pontuais de conscientização. Destaca-se a influência de diversos fatores biológicos, psicológicos, sociais e ambientais na saúde mental, enfatizando que seu cuidado vai além da ausência de transtornos mentais, englobando o bem-estar emocional e psicológico. A pesquisa também aborda a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil, destacando as transformações na política nacional de saúde mental e o surgimento de movimentos sociais em prol da luta antimanicomial. Conclui-se que a exclusão da loucura está enraizada em discursos sociais e culturais, e sua desconstrução requer uma mudança de paradigma e uma abordagem mais inclusiva e respeitosa em relação aos transtornos mentais. Em suma, o artigo oferece uma análise abrangente e crítica sobre as questões relacionadas à saúde mental e à loucura, incentivando uma reflexão sobre estigmas e preconceitos e defendendo uma abordagem mais humanizada e inclusiva no cuidado e na promoção dos direitos das pessoas com transtornos mentais.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.007-064