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Teníase

Oliveira LFM;
Simões LOM;
Elias ALMO;
Alvarenga JSC;
Alvarenga ÂC

Letícia Fadda Melo Oliveira

Larissa de Oliveira Mendes Simões

Amanda Luísa Motti de Oliveira Elias

Janaina Sousa Campos Alvarenga

Ângela Cardoso de Alvarenga


Resumo

Introdução: O capítulo aborda a teníase, uma infecção do intestino delgado causada por dois cestoides, Taenia solium e Taenia saginata, conhecidas popularmente como tênias ou solitárias. Pertencentes à classe Cestoda, esses parasitos hermafroditas apresentam corpos achatados dorsoventralmente, desprovidos de cavidade geral e sistema digestório. Objetivos: O enfoque do capítulo é fornecer uma compreensão aprofundada dos aspectos clínicos, epidemiológicos e estratégias de controle relacionados à teníase. Agente Etiológico: No homem, hospedeiro definitivo, a teníase é causada pela presença da forma adulta desses parasitos no intestino delgado. Formas evolutivas: Ao longo do ciclo biológico, ambas as espécies passam por três formas evolutivas: ovo, cisticerco e verme adulto. O cisticerco, forma larval, atinge até 12 mm de comprimento após 4 meses de infecção. Forma de contaminação do ser humano: A teníase, causada por Taenia solium e Taenia saginata é uma parasitose que impacta exclusivamente os seres humanos, sendo sua transmissão associada ao consumo de carne contaminada com cisticercos, as formas larvais do parasito. A infecção ocorre quando indivíduos ingerem carnes de boi ou porco contaminadas, especialmente se consumidas cruas ou mal-cozidas. Ciclo biológico: O ciclo biológico é semelhante para ambas as espécies, diferenciando-se nos hospedeiros intermediários. Humanos parasitados eliminam proglotes grávidas no ambiente, liberando ovos que contaminam solo. Suínos e bovinos ingerem esses ovos, desenvolvendo cisticercos nos tecidos. A infecção humana ocorre pelo consumo de carne contaminada. Manifestações clínicas: Apesar da designação popular sugerir uma única tênia, indivíduos podem estar infectados por mais de uma, inclusive de espécies diferentes. A maioria é assintomática, mas sintomas gastrointestinais, alergias, pontos hemorrágicos e até apendicite parasitária podem ocorrer. Diagnóstico: O diagnóstico requer exames laboratoriais, como pesquisa de proglotes e ovos nas fezes. Tratamento: O tratamento principal é o Praziquantel, administrado oralmente em dose única. Outros medicamentos, como Mebendazol e Albendazol, também são opções. Profilaxia: Medidas preventivas incluem o tratamento de portadores, saneamento básico, cuidado na criação de animais para abate, educação em saúde, modernização da suinocultura e inspeção rigorosa nos abatedouros. Estratégias específicas, como evitar o comportamento coprofágico em suínos, mostram-se eficazes. Conclusão: O capítulo fornece uma visão abrangente da teníase, destacando sua complexidade clínica, fatores epidemiológicos e abordagens de controle. A compreensão desses aspectos é crucial para o enfrentamento eficaz dessa parasitose, especialmente em regiões onde as condições sanitárias e socioeconômicas contribuem para sua disseminação.

 

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.001-061


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Copyright (c) 2024 Letícia Fadda Melo Oliveira, Larissa de Oliveira Mendes Simões, Amanda Luísa Motti de Oliveira Elias, Janaina Sousa Campos Alvarenga, Ângela Cardoso de Alvarenga

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  • Letícia Fadda Melo Oliveira
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