Resumo
A pandemia de covid-19 inviabilizou que as aulas fossem presenciais, fazendo emergir a necessidade de identificar e fazer reflexões sobre o que levou tantos alunos a abandonarem a escola durante o período remoto emergencial, a falta de conhecimento em relação às plataformas digitais, escassez de apoio tecnológico vindo do governo aos alunos e ausência de diretrizes que amparassem o planejamento pedagógico O objetivo do artigo foi analisar os dados disponibilizados pelo Censo Escolar de 2020 em escolas de educação básica e expor como o mundo e a educação brasileira, em especial, estavam despreparados para o enfrentamento do período pandêmico tanto nas escolas públicas municipais e estaduais como nas privadas. A metodologia adotada foi de uma pesquisa de natureza quantitativa que utilizou dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) realizada com 168.739 escolas das redes pública e particular. Foi aplicado um formulário para coletar informações sobre a situação e as estratégias adotadas pelas escolas entre fevereiro e maio de 2021 durante a segunda etapa do Censo Escolar 2020. Os resultados foram transcritos para tabelas do Microsoft Excell 2010, divididos entre valores absolutos e relativos, e confrontados com a literatura vigente. Os resultados apresentados demonstraram desvantagens entre as escolas públicas comparadas às particulares em relação a utilização de ferramentas digitais e até a não utilização delas. Na conclusão do ano letivo de 2020, a maior parte das escolas públicas ampliaram a jornada escolar, revelando que o proposto durante o ensino remoto não foi alcançado até o final do ano letivo. A título de conclusão observou-se que as desigualdades sociais e econômicas se destacaram ainda mais na educação com a pandemia de COVID-19 e a defasagem educacional teve traços mais significativos em se tratando de alunos da rede pública de ensino, sendo que o município de Barra do Garças destoou da situação geral em vista do que aconteceu no mesmo período, principalmente, na educação pública municipal.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevedi76016v22023-013