Resumo
Introdução: A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium que são transmitidos pela picada da fêmea infectada de mosquitos do gênero Anopheles. Em 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reportou 241 milhões de casos e 627 mil mortes por causa da doença. Este número representa um aumento em relação a uma estimativa de 227 milhões de casos e 558 mil mortes registradas em 2019. No Brasil, a região Amazônica é considerada área endêmica para malária, registrando 99% dos casos autóctones. Objetivos: O estudo deste capítulo é apresentar todos os principais aspectos relevantes para o entendimento da malária e suas consequências no indivíduo e na sociedade. Agente Etiológico: Protozoários do gênero Plasmodium, sendo as espécies Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae as principais espécies encontradas no Brasil. Transmissão: a malária é uma doença transmitida para os humanos através da picada da fêmea infectada de mosquitos do gênero Anopheles. Ciclo biológico: O ciclo biológico do Plasmodium sp. envolve dois hospedeiros, o ser humano e a fêmea do mosquito Anopheles infectada. Manifestações clínicas: O período de intervalo entre os eventos apiréticos varia de acordo com a espécie de cada agente etiológico, o qual apresenta intervalos distintos para completar o ciclo esquizogônico nas hemácias. As espécies de P. vivax e P. ovale (encontrado na África) apresentam um ciclo de aproximadamente 48 horas, os ciclos de P. malariae ficam em torno de 72 horas, enquanto de P. falciparum não apresenta sincronicidade entre os eventos sintomáticos. Diagnóstico: Os sinais e sintomas da malária são bastante inespecíficos, podendo comumente serem confundidos com outras infecções. Lâminas coradas com Giemsa e observadas sob microscopia de luz são amplamente utilizadas e analisadas através de gota espessa e esfregaço sanguíneo. Uma das opções são os testes rápidos, atualmente oferecidos em áreas escassas de recursos, onde não é viável ou esteja indisponível o serviço de microscopia. Tratamento: O tratamento da malária vai variar de acordo com a espécie infectante. Profilaxia: Para indivíduos que estão fora da área endêmica, é necessário que se informem antes de realizar viagens para essas regiões. Deve-se atentar ao horário de saída, evitando permanecer fora de instalações durante períodos noturnos, já que o vetor costuma sair logo após o entardecer. Deve-se utilizar repelentes e métodos de barreira como uso de roupas que cubram bem a área do corpo, assim como mosquiteiros e telas em camas e portas. Conclusão: O capítulo permite o aprofundamento dos principais tópicos sobre a malária, assim, garantindo maior conhecimento sobre a enfermidade, o cuidado com o indivíduo infectado, e também, com os cuidados que a sociedade precisa possuir diante desta enfermidade.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.006-001