Resumo
Introdução: A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário parasitoToxoplasma gondii, que pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo humano. É uma infecção comum em todo o mundo e estima-se que cerca de um terço da população mundial já tenha sido infectada. Objetivo: O objetivo do capítulo é fornecer informações sobre a Toxoplasmose, incluindo agente etiológico, formas de contaminação, tratamento e diagnóstico, mas também como realizar o seu controle. Agente etiológico: A toxoplasmose é causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, um parasito intracelular obrigatório. Possui um ciclo de vida heteroxeno, com dois tipos de hospedeiros, sendo eles os humanos e os felinos os mais comuns. Formas evolutivas: Ao longo do ciclo biológico, esse parasito passa por três formas evolutivas: taquizoítos, bradizoítos e oocisto. Os taquizoítos são encontrados na fase aguda da infecção, já os bradizoítos na fase crônica e os oocistos são as formas eliminadas nas fezes dos felinos. Formas de contaminação do ser humano: A principal forma de contaminação do ser humano ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminados com oocistos presentes oriundos das fezes de felinos, principalmente gatos, infectados. Além disso, a contaminação pode ocorrer também por meio da ingestão de carne crua ou mal cozida de animais infectados, por transfusão de sangue contaminado e por transmissão vertical. Ciclo biológico: O ciclo biológico do T. gondii envolve dois hospedeiros: o definitivo (felinos) e o intermediário (humanos e outros animais). No hospedeiro definitivo, ocorre a reprodução sexuada do parasito, com a formação de oocistos que são eliminados nas fezes. Manifestações clínicas: As manifestações clínicas da toxoplasmose variam de acordo com o sistema imunológico do hospedeiro. Em indivíduos imunocompetentes, a infecção geralmente é assintomática ou oligossintomática, e geralmente se confunde com outros processos infecciosos. Em indivíduos imunocomprometidos, como portadores de HIV, transplantados e pacientes oncológicos, os sintomas podem ser mais graves, afetando especialmente o sistema nervoso central. Além disso, toxoplasmose congênita pode levar a uma série de complicações no feto e no recém-nascido, incluindo coriorretinite, calcificações cerebrais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, entre outros. Diagnóstico: O diagnóstico da toxoplasmose é realizado, principalmente, por meio de exames laboratoriais, como a detecção de anticorpos específicos no sangue (IgM e IgG) e testes moleculares para identificação do DNA do parasita. Tratamento: O tratamento da toxoplasmose varia de acordo com a gravidade da doença e o estado imunológico do paciente. Em casos leves ou assintomáticos, geralmente não é necessário tratamento. Já em casos graves ou em pacientes imunocomprometidos, são utilizados medicamentos antiparasitários, como a combinação de sulfadiazina e pirimetamina. Gestantes contaminadas também precisam ser prontamente tratadas. Profilaxia: A profilaxia da toxoplasmose envolve medidas de prevenção, como a higienização adequada dos alimentos, evitar o consumo de carne crua ou mal cozida, lavagem das mãos após o contato com gatos e manutenção da limpeza diária de caixas de areia de gatos. Conclusão: O capítulo fornece uma visão abrangente sobre a toxoplasmose, doença causada pelo Toxoplasma gondii, que pode causar diversas consequências ao ser humano. A compreensão dos temas abordados dentro do capítulo promovem o melhor enfrentamento dessa parasitose.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.003-070