Resumo
Introdução: A odontologia, em sua prática requer certo desgaste físico, devido à repetição de movimentos e adoção de posturas antinaturais exigidas, que causam desconforto podendo evoluir para desordens no sistema musculoesquelético e nervoso periférico, potencializando as chances do surgimento de lesões que culminam com o afastamento do trabalho. Objetivo: Descrever a presença de desordens musculoesqueléticas em cirurgiões dentistas relacionados a especialidade exercida e tempo de trabalho. Materiais e métodos: pesquisa aprovada pelo CEP UNICEUMA, parecer Nº 4.055.586, tratando-se de um estudo descritivo, de corte transversal visando identificar a prevalência de desordens musculoesqueléticas em cirurgiões dentistas do estado do Maranhão, ao longo de sua vida profissional. Amostra não probabilística constituída de 125 cirurgiões dentistas da rede pública e privada, com coleta dos dados obtida através de um questionário desenvolvido na ferramenta Google Forms e aplicado de forma remota. Resultados: Dos 125 entrevistados, 77% relataram dor, com maior prevalência naqueles com mais de 10 anos de trabalho. Regiões de maior queixa: pescoço 46,2%, coluna dorsal e lombar 38,5% e ombros 26,9%. Dos sintomáticos, 40,7% exercia mais de uma especialidade e 79,6% cumpria uma jornada de 3 a 4 horas diárias. Conclusão: Os anos de trabalho aliados a rotina de múltipla especialidade foram mais determinantes para a presença das DME que as horas de trabalho, alertando para a necessidade de mudanças nos hábitos laborais, já nos anos iniciais da profissão, visto que as DME’s se agravam ao longo dos anos trabalhados.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.003-055