Resumo
Introdução: O envelhecimento é um processo natural da vida, mas acarreta também dificuldades de locomoção, de relacionamento, de compreensão, tanto por meio da fala quanto da compreensão cognitiva. Essas dificuldades podem gerar vulnerabilidade, dependência e doenças psicológicas, a exemplo da depressão. Objetivo: Analisar a possível relação entre vulnerabilidade clínico funcional e depressão em idosos frequentadores de um grupo de convivência. Materiais e método: Estudo transversal analítico realizado em um centro de convivência de idosos em São Luís, MA, com amostra de 30 idosos que atenderam a critérios de inclusão. Foram aplicados questionários sociodemográficos, econômicos e de saúde elaborado pelos pesquisadores, para se conhecer o perfil amostral, na avaliação da vulnerabilidade funcional utilizou-se o Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional (IVCF-20) e para a avaliação da depressão elegemos a Escala GDS-15, ambos validados para a aplicação com a população brasileira. A correlação de Pearson (r) foi utilizado para investigar a correlação entre variável idade e GDS e IVCF-20, considerando-se um nível de significância de 5%. Resultados: Amostra constituída por 30 idosos, sendo 77% mulheres, com 54% na faixa etária entre 75 e 80 anos. Destes, 83% apresentaram risco moderado e alto de vulnerabilidade, com 30% já manifestando sintomas depressivos entre moderado e severo. A correlação entre a vulnerabilidade e depressão foi positiva apontando (rs)=0.5339 e (p)=0.0028. Conclusão: evidencia-se a relação existente entre riscos de vulnerabilidade clinico-funcional e sintomas depressivos em idosos, com destaque para as mulheres, alertando para a importância do rastreamento precoce da fragilidade psicológica e sua associação com as dimensões da funcionalidade, medidas essenciais para propor intervenções de cuidado capazes de garantir autonomia, independência e qualidade de vida desta população.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.001-018