Resumo
Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. O rápido adoecimento populacional e o aumento do número de mortes por causa desconhecida geraram um pânico social. Diante disso, compreendeu-se que o amplo espectro de sintomas relacionados à infecção respiratória do SARS-CoV-2 possui um impacto direto nos sistemas cardiovasculares e imunológicos e podem causar afecções tanto na fase aguda da infecção quanto em uma fase mais tardia. Este estudo foi desenvolvido a partir de uma revisão meticulosa e integrada da literatura em publicações recentes, compreendendo artigos em revistas cientificas, reunidos em sites de busca datadas entre o período de 2019 e 2021. Também foram utilizados dados agrupados da Organização Pan Americana de Saúde, Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. Assim, este objetiva destacar as diversas implicações do COVID no sistema cardiovascular. Deve-se lembrar que a sintomatologia do coronavírus é bastante inespecífica e variada, podendo cursar: cefaleia, tosse seca, hipertermia, dor de garganta, anosmia, hipogeusia, disgeusia, exantema e irritação cutânea, mialgia, diarreia dispneia e outros desconfortos respiratórios. Tendo em vista, o sistema imunológico e outras morbidades, a evolução do quadro pode levar a um pior prognóstico. No compilado de artigos revisados, observou-se que a lesão miocárdica por SARS-CoV-2 relaciona-se ao ECA-2, já que o vírus utiliza esses receptores da ECA para entrar na célula, e , mesmo compreendendo esse mecanismo de ação, ainda é uma realidade distante o uso de bloqueadores enzimáticos que atuem diretamente nesse fator como uma possível forma de tratamento. Não há evidências científicas que sustentem o uso dessas medicações na supressão da atividade da ECA a fim de diminuir o efeito viral no organismo.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2023.007-090