Resumo
A implantação de um sistema de
prontuário eletrônico, que facilitaria o acesso à
pesquisa, é dificultada por questões administrativas
atreladas a homologações e outros obstáculos em
relação à segurança das informações. Propôs-se,
então, a criação de um programa de categorização
sintomatológica, em um banco de dados (BD)
sistematizado, apresentado em março de 2016, pelo
PROBIC. OBJETIVO: Expor a experiência e o
potencial da elaboração de um programa identificador
de padrões de doenças, aplicável à Clínica-Escola de
faculdade em Minas Gerais. MÉTODO: Criação de
um BD sob a plataforma Microsoft Access, que
correlacione os achados clínicos, laboratoriais e as
características do paciente às hipóteses diagnósticas.
O sigilo do paciente é mantido pela identificação a
partir do número do prontuário físico. DISCUSSÃO:
Aspectos do quadro clínico, faixa etária, sexo e
comorbidades de base são relevantes para estudos
descritivos de uma doença. O BD idealizado, criado
via plataforma Microsoft Access, propunha vincular
um diagnóstico principal aos quesitos supracitados.
Pela dificuldade na categorização, não foi possível
incluir, porém, a terapêutica utilizada em cada caso.
Para a criação do programa, foi proposta a divisão de
todos os dados em categorias codificadas. Nas
categorias que abrangem doenças – i.e., diagnósticos e
comorbidades –, foi utilizada a classificação
internacional de doenças (CID-10). Em relação aos
sinais e sintomas, foram codificados achados
semiológicos clássicos e alterações laboratoriais
frequentes. Não foi possível prosseguir à fase de testes
na escola de medicina, por um projeto já vigente de
prontuário eletrônico convencional. CONCLUSÃO:
Um BD em uma clínica-escola contribuiria como um
complemento às práticas pedagógicas e facilitaria
pesquisas posteriores. Para criá-lo, foi necessária a
codificação de categorias pré-estabelecidas, cujo
vínculo central eram as hipóteses diagnósticas. Não foi
possível categorizar condutas terapêuticas a priori, por
sua variabilidade extensa, porém não se exclui a sua
codificação em um próximo estudo. A aplicação em
clínicas e hospitais-escola que não apresentam
prontuário eletrônico parece viável e promissora,
trilhando novas possibilidades de pesquisa com os
dados gerados
DOI: https://doi.org/10.56238/sevedi76016-014