Resumo
O estudo objetiva explorar a percepção dos acadêmicos de medicina frente à pandemia da COVID-19 em relação as alterações no processo de ensino e aprendizagem. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de questionário eletrônico aos acadêmicos do primeiro ao sexto ano do curso através da plataforma Google Forms em 2020. Estes dados foram analisados descritivamente com representações gráficas no programa Excel 14.0. Observou-se que 76,6% não auxiliaram no atendimento de pacientes com COVID-19. Em relação a questões de saúde mental, 73,5% notaram alguma mudança de comportamento durante a paralisação das atividades da universidade; 44,1% dos acadêmicos não consideraram seu sono reparador, apresentando-se cansados ao acordar. Quanto ao uso de psicofármacos, 18,2% precisaram aumentar a dose das medicações já utilizadas e 13,7% iniciaram uso. Conclui-se que as aulas teóricas e discussões de casos clínicos ocorridas online foram essenciais para a não interrupção total do seguimento do ano acadêmico e o agravo de problemas psicológicos já existentes e o diagnóstico de novos casos entre os estudantes alertam para a necessidade de maior rede de apoio psicológica a ser oferecida pela universidade aos acadêmicos de medicina.
DOI:https://doi.org/10.56238/futuroeducpesqutrans-052