Resumo
Introdução: Os nódulos de tireoide são comuns, com prevalência de 40% a 60% e taxa de malignidade de 5% a 15%. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) tem sido usada desde meados dos anos setenta para realizar o diagnóstico citopatológico dessas lesões. Porém, o dilema surge quando o resultado é indeterminado. A incerteza sobre esses espécimes foi impulsionador para o desenvolvimento de métodos moleculares que analisam o material da PAAF além do olhar microscópico. Desenvolvimento: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada a partir das bases de dados PubMed e Scielo e guiada pela seguinte questão norteadora: “quais testes moleculares disponíveis atualmente e sua capacidade de diagnosticar nódulos tireoidianos indeterminados na PAAF?”. A amostra final foi composta por 13 artigos. Em relação aos exames genéticos disponíveis atualmente, temos: Afirma (GEC e GSC), Thyroseq (v2 e v3), Rosetta GX Reveal e ThyGenX/ThyraMIR. De modo geral, os achados da pesquisa mostram o impacto positivo dos resultados dos testes no manejo de casos de nódulos categorizados como indeterminados na PAAF. As informações sugerem que o uso em pacientes Bethesda III e IV podem ter predição acurada do risco de malignidade e reduzir o número de tireoidectomias realizadas desnecessariamente. Considerações finais: A American Thyroid Association já inclui recomendações gerais sobre o uso e interpretação de testes moleculares auxiliares levando-se em consideração o contexto clínico, ultrassonográfico e achados citológicos, não havendo algoritmo específico para seleção dos casos duvidosos.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-014