Resumo
Este estudo tem como objetivo avaliar, por meio da literatura, se existem prejuízos relacionados ao impacto sonoro e suas consequências para o atendimento odontológico do paciente autista, investigar possíveis condutas que busquem reduzir e prevenir seu desconforto e instruir o profissional sobre técnicas adequadas de manejo para uma consulta odontológica eficiente. A partir do questionamento sobre os malefícios do alto nível de ruído no consultório odontológico para o autista, foi realizada uma pesquisa detalhada nas plataformas de busca PubMed, Scielo, Lilacs e Periódicos Capes, para realizar esta revisão. Foram utilizados 26 artigos entre os anos de 2009 a 2022, priorizando o seu nível de evidência. Observou-se então, que os distúrbios sensoriais de hipersensibilidade são frequentes em pacientes autistas, e que vêm sendo discutidos ao longo dos anos na Odontologia. Várias intervenções que visam a redução desta hipersensibilidade nos consultórios odontológicos estão sendo testadas, como a utilização de fones atenuadores de ruído e a substituição de instrumentais antigos por novos. E que, empregar técnicas de manejo como a distração e o reforço positivo são métodos eficientes para acalmar e promover a colaboração do paciente autista. É evidente a relação dos estímulos sensoriais em pacientes com TEA junto ao ruído presente nos consultórios odontológicos, podendo gerar um comportamento agressivo e não colaborador. A integração de uma equipe interdisciplinar e uma atenção odontológica especializada e empática, são fundamentais para o sucesso do atendimento.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-011