Resumo
O Brasil vive um processo acelerado de urbanização que muitas vezes está associado com a falta de projetos de planejamento. Esta transformação da paisagem tende a reduzir a qualidade ambiental urbana com a diminuição de áreas com vegetação e espaços para o lazer, por exemplo. Sendo assim, para minimizar esses problemas, o conhecimento da quantidade e distribuição da Cobertura Vegetal (CV) e dos Espaços de Uso Público e Livres de Edificação (EUPLE) é fundamental para o (re)planejamento nos bairros nos municípios, para auxiliar na manutenção e promoção do bem estar humano. Assim, o presente trabalho de pesquisa analisa a Cobertura Vegetal e os EUPLEs nos bairros Centro Histórico e Santa Helena do município de Paranaguá, no litoral do estado do Paraná. O primeiro é o bairro mais antigo da cidade, sendo o ponto de referência tanto para turistas como para habitantes da cidade. O segundo, expandiu espontaneamente a partir da década de 1990. Utilizando recursos de Software do Google Earth Pro e QGIS, foi possível levantar os dados e após análise visual comparativa, verificar que existem diferenças na quantidade e distribuição da CV e dos EUPLEs entre esses bairros. No bairro Centro Histórico foi encontrado 14,81% de CV, distribuídos principalmente em pequenos fragmentos isolados no interior das quadras e também associados aos 17 EUPLEs encontrados. Estes existem em quantidade e distribuídos para atender a população residente, trabalhadores e turistas. No bairro Santa Helena a CV foi de 30,57%, destaca-se na sua distribuição, grandes fragmentos de manguezais, nas margens do Rio Emboguaçu, nos limites do bairro. Há somente um EUPLE no bairro Santa Helena, indicando que não é suficiente para atender a população. Os resultados reforçam a necessidade de planejamento da CV e dos espaços de uso coletivo para o lazer, que são de extrema importância para a qualidade ambiental, pelas funções socioecológicas nesses bairros, promovendo maior sustentabilidade, resiliência e contribuindo para o bem estar humano nessas paisagens.
DOI:https://doi.org/10.56238/tecnolocienagrariabiosoci-001