Resumo
O envelhecimento populacional é assunto recorrente nos últimos anos. No Brasil, aproximadamente 1,7% da população é representada por idosos com idade igual ou superior a 80 anos, considerados idosos longevos, e as projeções sugerem um aumento de quase 3% até 2030. Além disso, estima-se que até 2025 o Brasil ocupará a 6ª colocação de país com maior população idosa. A população idosa está exposta a uma frequência maior de complicações causadas pela contaminação por COVID -19, apresentando altas taxas de mortalidade, porém a preocupação com a saúde e qualidade de vida desse grupo populacional não se restringe ao momento atual vivido. A sociedade já impõe uma exclusão e isolamento conforme a pessoa passa pelo processo de envelhecimento, por exemplo, em casos de institucionalização, diminuição e cortes dos laços familiares. Além disso, o processo de envelhecer implica em perdas progressivas de pessoas de seu convívio, como as mortes de parentes, cônjuges e amigos, que são acumuladas ao longo dos anos, podendo impactar na saúde mental, assim como as perdas de autonomia e possibilidades de locomoção. A presente pesquisa teve como objetivo compreender os impactos na saúde mental e questões emocionais causadas pela pandemia da COVID-19 e o isolamento social em idosos. A metodologia adotada foi uma pesquisa empírica transversal de abordagem quantitativa, com questionário aplicado via Google Forms ou presencial a idosos, sendo realizado por perguntas fechadas, coletando informações sobre condições de vida, saúde e comportamento causados durante a pandemia de COVID-19. Como principais resultados podemos apontar pela compreensão e diferenciação das informações em três blocos: antes, durante e após isolamento social em decorrência da pandemia de COVID-19, sendo agrupados e analisados sob a perspectiva das interações sociais; fatores psicológicos e tecnologia.
DOI:https://doi.org/10.56238/medfocoexplconheci-013