Resumo
Anualmente, o meio ambiente recebe uma elevada carga de contaminantes químicos que podem ser dispersar ou bioacumular atraves da cadeia trófica dos ecossistemas. Em casos de acidentes com o derramamento de óleo bruto de petróleo, os efeitos são agudos e crônicos e podem ser medidos antes, durante e após a presença da mancha de óleo. Em 2019, inúmeras praias do litoral brasileiro receberam manchas de óleos, ainda de origem desconhecida. Para avaliar se a presença desse produto poderia contaminar o ambiente e seus organismos vivos, o governo financiou inúmeras pesquisas a fim de obter dados importantes e confiáveis sobre o nível de contaminação e seus riscos associados. Nossa equipe monitorou o efeito do óleo nas espécies marinhas durante (agosto de 2019) e após (setembro de 2021) o acidente. Para isso, avaliou a ocorrência de HPAs em amostras de pescado (moluscos, crustáceos e peixes) oriundas da região do Delta do Rio Parnaíba utilizando um método multianalitos desenvolvido para analise de sardinhas. O método foi eficiente na determinação de 35 HPAs em amostras de mariscos, 25 HPAS em tainhas e 12 HPAs em caranguejos. Os níveis encontrados foram baixos e não repr4esentam risco associado ao consumo dessas espécies. Recomenda-se o uso desse método multianalitos para tornar as análises mais rápidas, eficientes e menos onerosas, que possam subsidiar o monitoramento da presença de HPAs em pescado após acidentes como o ocorrido em 2019, ou mesmo em áreas com elevada poluição ambiental.
DOI:https://doi.org/10.56238/tecavanaborda-028