Resumo
O método não hormonal para o tratamento de mulheres em climatério ainda é pouco utilizado dentro das práticas rotineiras e condutas médicas, ainda que na atenção primária. Essa pesquisa foi realizada com mulheres, usuárias do Sistema Público de Saúde, na Unidade de Saúde da Família Maria Aparecida Pedrossian em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. A amostragem foi por conveniência. Dessa forma, a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas direcionadas, utilizando um formulário online, com o auxílio de tablets, mantendo o direito à privacidade. Durante a entrevista, as pesquisadoras orientaram as participantes sobre a importância, benefícios, vantagens, riscos, constrangimentos e garantia em relação ao sigilo de dados. A distribuição etária das participantes da pesquisa apresentou uma predominância significativa de idades entre 46 e 50 anos. A maior parte relatou ter buscado assistência médica devido aos sintomas climatéricos. Dentre estas, 17 participantes (58,6%) que buscaram atendimento afirmam que o médico que as atendeu sugeriu métodos não hormonais como alternativa de tratamento para os sintomas climatéricos. Apenas 13 participantes (44,8%) fizeram uso de terapias não hormonais para os sintomas. Destas, 10 entrevistadas (77%) relataram ter experimentado uma melhora na qualidade de vida após a aplicação dos métodos. Já em relação às participantes que não fizeram uso de um método não hormonal, 14 participantes (87,5%) afirmaram que gostariam de fazê-lo. Além disso, 37 participantes (92,5%) expressaram o desejo de receber conteúdos informativos sobre métodos não hormonais. A respeito desses resultados, é evidente a necessidade de implementar políticas públicas voltadas para saúde da mulher climatérica, no intuito de amenizar a sintomatologia e promover bem estar físico, mental e emocional, que se traduzem em uma maior qualidade de vida e um envelhecimento saudável.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.011-021