MEMÓRIAS TRADICIONAIS, SABORES, CULTURA E SOBERANIA ALIMENTAR: AS FEIRAS SLIVRES E A DISSEMINAÇÃO DOS SABERES SOBRE OS MATOS DE COMER

Resumo

As feiras livres são espaços potentes de vendas, divulgação de alimentos, configuram-se como construtora de histórias, cultura, memórias afetivas, consolidação de laços de amizades e relação de confianças entre clientes, fregueses ou mesmo visitantes eventuais. Como espaço de interação social e ressignificação de hábitos alimentares, é um ambiente no qual circulam diferentes pessoas diariamente. Devido a sua relevância como disseminadora do conhecimento popular, saberes ancestrais, buscou-se investigar suas contribuições para comercialização dos matos de comer e a promoção da segurança alimentar. Essa pesquisa tem como objetivo geral promover o debate sobre a segurança e soberania alimentar, bem como a valorização da cultura alimentar a partir da venda de matos de comer nas feiras livres. Este objetivo, desdobra-se em três objetivos específicos i) verificar quais são os matos de comer que são vendidos nas feiras ii) promover a divulgação dos matos de comer destacando a sua contribuição para uma alimentação saudável livre de venenos. Quanto aos instrumentos metodológicos, fez-se uma análise de pesquisas realizadas sobre feiras livres, por meio de revisão bibliográfica a partir de buscas de artigos acadêmicos no google acadêmico, na Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Como resultado observamos que os matos de comer são comercializados em algumas feiras livres e agroecológicas no Brasil, essa perspectiva ficou evidente nos estudos realizados. Concluímos, portanto, que esses alimentos são potentes para o enfrentamento à insegurança alimentar, alternativa para a substituição dos produtos alimentícios industrializados provenientes de um sistema alimentar homogêneo que seguem padrões e influencia a cultura alimentar das populações e comunidades diversas.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.001-012