Resumen
A ansiedade e a odontofobia representam barreiras significativas no cotidiano do cirurgião-dentista, impactando diretamente a qualidade e o sucesso dos atendimentos. Essas condições manifestam-se em diferentes níveis e exigem estratégias variadas de manejo, como técnicas comportamentais, sedação farmacológica e outras abordagens complementares. Superar tais desafios é essencial não apenas para o benefício do paciente, mas também para o aprimoramento da prática clínica do profissional. O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da sedação consciente com óxido nitroso (N₂O) na redução da ansiedade e odontofobia em pacientes submetidos a procedimentos odontológicos. Foram observados cinco atendimentos realizados com sedação consciente em pacientes previamente diagnosticados com odontofobia. Para a análise, foram aplicados dois instrumentos avaliativos: o Teste de Ansiedade Odontológica de Corah, utilizado para medir os níveis de ansiedade antes e após o atendimento, e o Teste de Trieger, empregado para avaliar alterações na coordenação motora decorrentes da sedação. Além disso, sinais vitais, sintomas e intercorrências durante os procedimentos foram registrados e sistematizados para análise. Os resultados indicaram que não houve alterações significativas nos escores do Teste de Trieger antes e após os atendimentos, sugerindo que a sedação consciente com óxido nitroso não comprometeu a coordenação motora dos pacientes. Observou-se estabilização ou redução da pressão arterial durante os procedimentos, além de uma redução perceptível nos níveis de ansiedade, de acordo com os dados do Teste de Corah. Contudo, a intensidade da odontofobia demonstrou estar associada à complexidade dos procedimentos realizados. Concluímos que o uso da sedação consciente com óxido nitroso foi eficaz na redução da ansiedade em procedimentos odontológicos, reforçando seu papel como ferramenta adjuvante no manejo de pacientes odontofóbicos. No entanto, os resultados não permitiram estabelecer correlações significativas entre ansiedade, idade ou gênero dos pacientes.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-055