Resumen
Neste estudo foram avaliados dois grupos de cerâmicas dentárias expostas a condições ácidas: Grupo 5Y-TZP (Zircônia estabilizada por 5mol% de Y2O3 e obtido experimentalmente por síntese química), e Grupo Ceramill® zirconia, adquirido comercialmente. Ambos os materiais foram compactados na forma de pastilhas, usando um molde com diâmetro de 6 mm e uma prensa hidráulica aplicando-se uma carga uniaxial de 3 toneladas por 60 segundos. Após a etapa de prensagem as pastilhas foram sinterizadas a 1500ºC por 2 horas. Todas as pastilhas produzidas (N=30) foram pesadas em balança analítica e, em seguida, foram divididas de acordo com as soluções ácidas de imersão em 4 meios: SA (saliva artificial), SL (suco de laranja), CC (cola [Coca-Cola] e C (café). As pastilhas foram armazenadas em estufa a 37ºC por 72 horas e após o término deste tempo foram lavadas em água e secas em papel absorvente. Suas massas foram novamente mensuradas a fim de avaliar a possível perda de massa durante o armazenamento. O efeito do meio ácido sobre a cristalinidade das cerâmicas foi avaliado por meio de análises de difração de raios X (DRX), enquanto as ligações químicas foram avaliadas por espectroscopia vibracional no Infravermelho (FTIR). As análises de DRX indicaram que, independentemente do meio ácido, nenhum dos grupos cerâmicos observou mudança no padrão de cristalinidade. Os espectros de FTIR indicaram a presença de novas bandas de absorção, possivelmente decorrentes da permeabilidade das soluções ácidas na superfície das amostras cerâmicas.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-028