Resumen
A cidade de Paracambi-RJ, desenvolveu-se ao longo do Rio dos Macacos, uma região suscetível a enchentes. Com uma população de 41.375 habitantes, a infraestrutura inadequada e a falta de drenagem eficaz aumentam a vulnerabilidade do município a inundações. Em fevereiro de 2024, Paracambi enfrentou uma das maiores enchentes dos últimos anos, exacerbada pela falta de sistemas de alerta e gestão adequada dos rios. A infraestrutura deficiente, aliada à ineficiência das medidas de prevenção, agravou os surtos de doenças infecciosas como Dengue, Chikungunya, Leptospirose e doenças diarreicas. A necessidade de uma análise aprofundada sobre os impactos e as respostas das autoridades públicas torna-se crucial. O estudo busca analisar as causas e consequências das enchentes em Paracambi, avaliando a atuação das autoridades locais e as medidas adotadas para mitigar esses desastres. Além disso, pretende-se revisar a literatura científica global sobre a relação entre enchentes e saúde pública, correlacionando dados de notificações de doenças com a qualidade da água no município. Os impactos das enchentes na saúde pública são vastos e multifacetados, incluindo doenças transmissíveis, problemas de saúde mental e danos físicos diretos. A subnotificação de doenças e a falta de um sistema de gestão eficiente são barreiras significativas para a mitigação dos impactos. As enchentes em Paracambi ressaltam a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura de drenagem e de um planejamento urbano mais eficaz. É imperativo que a gestão municipal implemente medidas de prevenção, educação em saúde e controle de zoonoses. O fortalecimento da vigilância epidemiológica e a capacitação contínua dos profissionais de saúde são essenciais para prevenir futuras catástrofes e proteger a saúde pública.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.016-014