RELAÇÃO ENTRE HABILIDADES DE VIDA, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM ENFERMEIROS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)

Resumen

Introdução: O trabalho tem ocupado papel central na construção da saúde dos indivíduos. E transtornos como ansiedade e depressão podem gerar prejuízos na vida das pessoas como um todo e afetar de maneira significativa o trabalhador. Diante disso, programas para a prevenção à saúde mental, tais como o desenvolvimento de habilidades de vida, podem colaborar para a melhora e prevenção destes. Objetivo: descrever características sociodemográficas, condições de saúde/doença, sintomas de Ansiedade, Depressão e associá-las com as HV de enfermeiros de UTI, de um Hospital terciário do Estado de São Paulo, Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal com delineamento de levantamento e correlação de variáveis. Foram convidados a participar da pesquisa todos os enfermeiros das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de alta complexidade, que concordaram em participar e responder aos instrumentos de avaliação: 1) Protocolo com informações sociodemográficas e condições de saúde/doença; 2) Escala Hospitalar Ansiedade e Depressão - HADS; 3) Escala de Habilidades de Vida (EHV). A análise exploratória dos dados incluiu média, mediana e desvio-padrão e variação para variáveis contínuas e numéricas e proporção para variáveis categóricas. Todos os testes foram bicaudais e valores de P < 0,05 foram considerados significantes. Resultados: A população estudada consistiu-se de indivíduos com idades entre 23 e 43 anos, com predomínio do sexo feminino. A maioria dos avaliados indicou ausência de problemas de saúde. Foram encontrados sintomas significativos de ansiedade e de depressão em cerca de um terço da amostra e oito das dez HV no intervalo dois, com mediana de 4, ou seja, boas HV. Conclusão: A amostra se caracteriza por um grupo de enfermeiros com menor presença de sintomas significativos de Ansiedade e Depressão quando comparado com estudos semelhantes e boas Habilidades de Vida. Na análise comparativa entre grupos com e sem depressão, mulheres mais velhas com idade média de (35 anos) apresentaram depressão e associação com baixa habilidade de vida de comunicação eficaz.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.042-006