Abstract
As leishmanioses pertencem a um grupo de doenças que ainda são consideradas problemas de saúde pública em muitos países, isso se deve à alta mortalidade global, ainda muito presente nos principais indicadores epidemiológicos. No Brasil, é causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi e transmitida por flebotomíneos, sendo o cão considerado a principal fonte de infecção no meio urbano, e o homem o hospedeiro acidental. É uma doença grave com poucas opções terapêuticas e que, mesmo quando adequadamente tratada, tem letalidade de cerca de 5%. O estado de Mato Grosso do Sul e a cidade de Campo Grande sofreu, nos últimos anos, modificações ambientais que podem ter contribuído para a disseminação do vetor, como a construção de um gasoduto, a destruição de áreas do cerrado, assim como a abertura de avenidas acompanhando os cursos das águas e a derrubada da vegetação para construção de casas populares. Tendo em vista essas mudanças no município e a proporção que a Leishmaniose Visceral está ganhando, este estudo buscou compreender o conhecimento dos acadêmicos de medicina, no estágio de internato, do município de Campo Grande – MS. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo de caráter transversal. A amostra foi por conveniência, sendo que 100% dos acadêmicos foram abordados durante as sessões. Os resultados apontam conhecimento regular dos acadêmicos em modalidade de internato. Espera-se que o acadêmico reflita a respeito do seu conhecimento acerca desta doença, considerando a importância da epidemiologia para a conduta assertiva.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-042