Abstract
No contexto da crescente compreensão sobre os determinantes de saúde ao longo da vida, as Experiências Adversas na Infância (Adverse Childhood Experiences - ACEs) emergiram como um campo de pesquisa crucial. As ACEs referem-se a uma gama de experiências traumáticas vivenciadas durante a infância, que incluem abuso físico, emocional e sexual, negligência, bem como exposição à violência doméstica e uso de substâncias por parte dos pais ou cuidadores. Esses eventos traumáticos podem ter efeitos profundos e duradouros sobre o desenvolvimento físico, emocional e cognitivo das crianças, resultando em um impacto significativo nas trajetórias de vida futura.
O conceito de ACEs foi desenvolvido por meio de um estudo pioneiro realizado pela Kaiser Permanente e pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos Estados Unidos. Esse estudo identificou uma relação direta entre o número de ACEs vivenciados na infância e o aumento do risco de uma série de problemas de saúde e comportamentais ao longo da vida, como doenças cardíacas, diabetes, depressão, ansiedade, comportamento de risco, abuso de substâncias, entre outros.
A pesquisa sobre ACEs ressaltou a importância de reconhecer e abordar os efeitos de traumas na infância, destacando a necessidade de intervenções preventivas e de apoio às crianças e famílias que enfrentam essas situações. A compreensão dos ACEs tem influenciado políticas de saúde pública e práticas clínicas, buscando reduzir a incidência dessas experiências e mitigar os impactos negativos em longo prazo.
foram selecionadas publicações, estudos, pesquisas, periódicos, trabalhos acadêmicos, artigos e livros acerca do tema e de seus aspectos relevantes. No primeiro momento foi realizada a pré-seleção caracterizada pela rápida leitura que excluiu os que não se encaixavam nos critérios de seleção utilizados que foram textos sem fundamentação teórica, jornalísticos e que seguiam para outras áreas de conhecimento, como psicologia e psiquiatria.
DOI:https://doi.org/10.56238/futuroeducpesqutrans-055