POLÍTICA DE DOWNSTREAMING DO ÓLEO DE PALMA PARA CAPTURAR UM MELHOR VALOR AGREGADO DO ÓLEO DE PALMA

Resumo

A Indonésia, como o maior produtor mundial de óleo de palma, há muito tempo dependia da exportação de óleo de palma bruto (CPO) com processamento industrial limitado, resultando na perda de oportunidades econômicas de agregação de valor. Para superar isso, foram promovidas políticas de downstreaming para aumentar o processamento doméstico e a diversificação industrial. Este estudo tem como objetivo explorar até que ponto essas estratégias de downstreaming conseguiram aumentar a contribuição de valor agregado do óleo de palma para a economia da Indonésia. Empregando uma abordagem qualitativa de revisão da literatura, esta pesquisa analisa mais de 80 artigos científicos, relatórios de políticas e publicações estatísticas por meio de análise de conteúdo temático. A coleta de dados foi realizada por meio de uma revisão estruturada de bancos de dados acadêmicos e fontes institucionais relevantes, gerenciados e organizados pelo Mendeley Desktop. Os procedimentos analíticos envolveram a codificação, a síntese e a interpretação de padrões entre temas como desempenho de exportação, produção industrial, emprego e impacto fiscal. Os resultados indicam uma mudança significativa na estrutura de exportação de óleo de palma da Indonésia, com os derivados processados constituindo mais de 75% do total das exportações em 2021. A produção oleoquímica e a produção de biodiesel cresceram consideravelmente, apoiando o desenvolvimento industrial. Entretanto, as atividades downstream ainda contribuem com menos de 10% do valor agregado total e enfrentam restrições persistentes, como P&D fraco, baixa adoção de tecnologia e limitações de infraestrutura. O estudo conclui que, embora os esforços políticos tenham proporcionado um progresso mensurável, as reformas estruturais e uma melhor coordenação entre as agências são essenciais para aprofundar os ganhos a jusante. Pesquisas futuras devem se concentrar na capacidade de inovação em nível de empresa e na integração com os padrões globais de sustentabilidade.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.021-078