O DESENVOLVIMETO DE AULAS SENSORIAIS E IMERSIVAS TENDO COMO BASE REFERENCIAIS TEÓRICOS MULTIDISCIPLINARES, A EXPERIMENTAÇÃO ATIVA E O PROFESSOR COMO AGENTE DE INTERCONEXÃO

Abstract

O artigo aborda a aplicação de uma metodologia imersiva e sensorial no ensino de ciências no ensino médio, com o objetivo de promover o interesse e a atenção dos alunos por meio de experiências práticas e significativas. A proposta busca romper com o modelo tradicional de ensino, ainda amplamente presente nas escolas, e valoriza a conexão dos conteúdos científicos com o cotidiano dos estudantes. A metodologia é estruturada em etapas que incluem acolhimento, contextualização por meio de histórias (storytelling), experimentações sensoriais, discussão crítica e atividades de continuidade. O uso de equipamentos tecnológicos é evitado para manter o foco no “fazer do ser” e na interação direta com os fenômenos naturais. Ao final das aulas, os alunos recebem “totens” — objetos simbólicos construídos a partir dos conteúdos trabalhados — para reforçar o aprendizado.

Os resultados mostraram que os alunos demonstraram grande interesse por aulas com caráter experimental e sensorial, especialmente nas séries iniciais do ensino médio. A pesquisa revelou, no entanto, uma queda no interesse por ciências no terceiro ano, coincidindo com a redução da oferta de aulas experimentais e o aumento das responsabilidades externas, como o trabalho. A prática pedagógica proposta mostrou-se eficaz na promoção de um ambiente de atenção plena e engajamento, contribuindo para a humanização do ensino de ciências. A conclusão reforça a importância de metodologias que integrem razão, sensibilidade e ação, reconhecendo a educação como ferramenta essencial para o desenvolvimento pessoal e social dos alunos.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.019-019