CORRELAÇÃO ENTRE ESTRESSE E HABILIDADES DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE

Resumen

Introdução: Diante do impacto e prejuízos que o estresse pode gerar na vida do trabalhador, pesquisas são fundamentais, principalmente quando visam o desenvolvimento de habilidades de vida que podem contribuir para a sua prevenção. Objetivo: identificar, descrever e correlacionar Características Sociodemográficas, Condições de Saúde / Doença, Sintomas de Estresse e Habilidades de Vida, em trabalhadores da área saúde. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal com delineamento de levantamento e correlação de variáveis. Participaram 36 funcionários de um hospital terciário do interior do Estado de São Paulo, no Brasil, que concordaram em participar e responder ao protocolo de avaliação. Foram utilizados como instrumentos: 1) Protocolo com informações sociodemográficas e condições de saúde / doença; 2) Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp e 3) Escala de Habilidades de Vida elaborada pelos pesquisadores. Os dados foram tabulados em planilhas Excel, apresentados em tabelas e figura para análise descritiva e associação entre as variáveis pelo Coeficiente de Correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultados: Foi verificado que a população estudada consistiu de indivíduos com idades entre 30 e 57 anos, e predomínio do sexo feminino (n-34; 94,4%). Parcela dos avaliados indicou algum problema de saúde e fazer uso de medicação (n-16; 44,4%), referiu não fazer uso de tabaco (n-31; 86,1%) e de álcool (n-30; 83,3%), não realizar atividade física (n-25; 69,4%); praticar atividades de lazer (n-11; 30,6%). Presença de suporte ou apoio foi indicada pela maioria dos respondentes (n-35; 97,2%). Com relação ao estresse, 29 (80,6%) dos trabalhadores apresentaram sintomas significativos, sendo 19 (52,8%) na fase de resistência e 10 (27,8%) na fase de quase-exaustão. A amostra estudada demonstrou prejuízos nas habilidades de vida, sendo que a maioria destas estabeleceu correlação negativa com o estresse. Conclusão: Resultados apontam presença importante de sintomas estresse e baixas habilidades de vida dos participantes, porém requerem mais pesquisas que investiguem a relação entre estas variáveis visando propor programas para o treino dessas habilidades, em trabalhadores da área da saúde.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.042-005