TRANSTORNOS MENTAIS E HABILIDADES DE VIDA EM PROFISSIONAIS ADMINISTRATIVOS DA SAÚDE

Abstract

Introdução: O trabalho é um aspecto importante na construção da identidade das pessoas e com isso é fundamental compreender sua influência na saúde mental. Estudos realizados apontaram a relação entre desenvolvimento de habilidades de vida e saúde mental em colaboradores da saúde, sendo que o déficit nessas habilidades podem contribuir para o desenvolvimento de sintomas ansiosos, depressivos, estresse e síndrome de Burnout. Objetivos: Avaliar a presença de sintomas de ansiedade, depressão, estresse no trabalho e Burnout em profissionais da saúde, correlacionando esses dados com o desenvolvimento de habilidades de vida. Método: Foram convidados colaboradores na área da saúde de um ambulatório de especialidades médicas, 20 profissionais se inscreveram e aceitaram participar da pesquisa. Para a coleta de dados, foram utilizados: Questionário sociodemográfico e condições de saúde/doença; Escala de Habilidades de Vida (EHV); Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD); Versão resumida da “Job Stress Scale” (JSS) e Escala de Caracterização do Burnout (ECB). Foi realizada análise estatística descritiva, comparativa e de correlação das variáveis investigadas. Resultados: A amostra avaliada apresentou níveis deficitários nas habilidades de vida (75%), além de sintomas de ansiedade (80%), depressão (45%) e estresse (45%). Tais achados positivos ocorreram com maior frequência em indivíduos com baixas habilidades de vida. 30% dos participantes pontuaram nas dimensões do Burnout. Conclusão: A alta prevalência de adoecimento psíquico em trabalhadores da saúde condiz com dados da literatura. Apesar de não ter sido encontrada significância estatística, a maior parte dos participantes com baixas habilidades de vida apresentam sintomas de ansiedade e depressão, destacando a importância de realização de mais estudos para investimento em treino de habilidades de vida.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.042-004