Abstract
O projeto socialdemocrata dos partidos trabalhistas resultou em reformas nas políticas sociais. A partir de 1980, com a crise capitalista global nos anos de 1970, ascende a denominada Nova Direita que subtraiu direitos trabalhistas e sociais e deu margem para que uma parte desta denominada Nova Direita se extremasse no conservadorismo e no ultraneoliberalismo. O objetivo deste artigo é analisar as repercussões nas políticas sociais dos diferentes projetos ideo-políticos de governo, apontando os desafios de remar contra a maré neoliberal para os governos de conciliação de classes no Brasil. Trata-se de uma pesquisa analítica e qualitativa, de base bibliográfica escolhida intencionalmente para atender aos objetivos propostos. O método de exposição inicia com a primeira sessão que aborda conceitualmente a denominação da emergente Nova Direita até sua agudização em grupos de extrema direita de cunho religioso, militar e neoconservador. Na segunda, analisa a Nova Direita no Brasil e posterior a 2016 suas expressões de extrema direita com o governo de Jair Bolsonaro e as contrarreformas implementadas. Na última sessão, problematizamos as possibilidades de retorno do neodesenvolvimentismo e de um governo de conciliação de classes, seus desafios e possibilidades.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.031-081