Abstract
Este artigo aborda o tema da práxis, visando a esclarecer como, por intermédio da experiência, se constrói a teoria. O objetivo é proporcionar uma abordagem ampla, sistêmica e pragmática sobre um assunto que necessita de discussões profundas e articuladas, esclarecendo que este é um tema por demais falado e muito pouco estudado. A sua relevância científica se encontra no fato de despertar o interesse para a valorização da experiência como método direcional para a construção e consolidação do conhecimento e da criatividade. A sua relevância empírica se encontra no fato de que a práxis só pode ser compreendida, em suas dimensões mais amplas, se os fenômenos forem observados, descritos e reproduzidos (quando possível) total ou parcialmente, conduzindo à integração entre a prática e a teoria. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, discutida à exaustão, pelos autores até que se chegou a uma compreensão sobre o tema e sua aplicação empírica aos processos de aprendizagem e ensino. O texto está fundamentado a partir do pensamento de Aristóteles, Comenius, Kant, Vygotsky, Dau e Dau, Souza e Caniçali, Diel e, pela experiência dos autores na atuação como professores em vários níveis do magistério. As conclusões a que se chegou foram que a práxis volta ao espectro de discussão acadêmica, a partir da sistematização do estudo do pensamento grego clássico, helênico. A práxis vai contribuir para que se expanda a inteligência, em que esta deva ser compreendida como o resultado empírico do intelecto aplicado sobre situações-problema, onde a síntese se apresente como uma problematização, uma resposta ou uma ação solucionadora do problema posto ao estudioso: este processo pode ser resumido no conceito de criatividade. Portanto, as respostas que os estudiosos auferem aos problemas suscitados, pela sociedade, transformam-se em aprendizagens que se mantêm no futuro, uma vez que estão fundamentadas em críticas rigorosas, muito bem estruturadas.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevedi76016v22023-075