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A força da humanidade: Redefinindo nosso caráter

Cunha MN;
Pinto SC

Maria Nascimento Cunha

Sílvia Costa Pinto


Abstract

No final da década de 90, a Psicologia Positiva teve o seu início. Esta vertente da Psicologia nasceu pelas mãos do psicólogo e professor da Universidade da Pensilvânia, Martin Seligman. Foi Seligman quem introduziu o conceito de Psicologia Positiva, que se concentra em elementos que promovem o bem-estar e uma vida mais realizada e feliz (Almeida, 2018).

A verdade é que cada individuo detém potenciais de caráter únicos, no entanto, nem todos estão cientes da sua existência. Conscientizar-se da sua existência pode beneficiar o indivíduo em vários aspetos da vida, como no âmbito profissional, nos relacionamentos e no desenvolvimento pessoal. O autoconhecimento desempenha um papel crucial ao proporcionar uma compreensão mais profunda de como alcançar melhores resultados e investir em aspetos que promovem a felicidade (Almeida, 2018).

A realidade é que, o propósito da psicologia positiva é, precisamente, ajudar o indivíduo a alcançar o seu potencial máximo e prevenir patologias, a partir dos seus traços positivos (Seligman, 2003; Serrano, 2017).

Foi precisamente nesse sentido que os autores Peterson e Seligman (2004) introduziram a classificação Values in Action (VIA), como modo de estabelecer um modelo de forças de caráter e virtudes. Os autores identificaram seis valores presentes em documentos históricos de filosofia e religião em diferentes culturas.

Dentre esses valores, que mais tarde seriam categorizados como virtudes, foram nomeados: "sabedoria e conhecimento," "coragem," "humanidade," "justiça," "temperança" e "transcendência." Posteriormente, optaram por desdobrar cada uma dessas virtudes de maneira mais específica, resultando assim nas forças de caráter. Consequentemente, surgiram as 24 principais forças de caráter que se acredita estarem presentes em todos os indivíduos, em maior ou menor medida (Seibel, Sousa, & Koller, 2015, Serrano, 2011, 2017).

No que respeito diz às seis virtudes, é possível afirmar que estas dizem respeito a algumas competências, cognitivas, emocionais, individuais e sociais. De acordo com os autores Peterson e Seligman (2004), Peterson e Park (2009), Noftle, Schnitker & Robins (2011), Martí e Ruch (2014) é-nos fácil de perceber que, por exemplo, a virtude “humanidade” engloba forças interpessoais que se baseiam no cuidado e na proximidade com os outros.

 

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.020-001


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This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Maria Nascimento Cunha , Sílvia Costa Pinto

Author(s)

  • Maria Nascimento Cunha
  • Sílvia Costa Pinto