Abstract
Este texto é a síntese de alguns anos de estudos e de
pesquisas onde as proposições da Biologia-cultural,
da Biologia do Amor e da Biologia do
Conhecimento, do pensador chileno Humberto
Romesín Maturana (1928-2021), serão tomadas como
a principal referência epistemológica e prática para o
entendimento do processo educativo como um devir
Biológico-cultural e que se realiza num contexto
ecológico de aprendizagem. A ênfase de nossa
reflexão neste momento será no sentido de contribuir
para a construção de um processo de aprendizagem
humana, que tenha como ponto de partida alguns
fundamentos, tais como: a cooperação, o respeito
mútuo, a colaboração, a aceitação mútua,
reconhecimento da legitimidade e dignidade do
outro(a), do deixar aparecer, enfim, uma educação na
qual a aprendizagem tenha como orientação o amar.
Neste texto refletiremos a proposição de Maturana do
amor como o princípio epistemológico para a
construção de uma aprendizagem que privilegie a
cooperação entre os seres humanos e não a
competição. Nosso argumento principal provém da
proposição de que a competição pressupõe, via de
regra, a negação, o aniquilamento, a anulação do
outro. Nossa proposta está ancorada na proposição
apresentada por Maturana de que nos construímos
humanos não pela competição, mas, sim, pela
cooperação. Para concluir, e como forma de
viabilizar essa aprendizagem, apresentamos o que
denominamos dos três momentos da aprendizagem, a
saber: o conhecer, o entender e o compreender.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevedi76016-027