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Ruptura esplênica após dengue: Um relato de caso

Silveira GAMe;
Terra GA

Gabriela Assunção Moreira e Silveira

Guilherme Azevedo Terra


Abstract

INTRODUÇÃO: A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente na América do Sul. Acomete a população, principalmente nos meses mais chuvosos do ano. Todas faixas etárias são igualmente suscetíveis, sendo que as pessoas com comorbidades apresentam maior risco de evoluir para quadros mais graves. Esse artigo apresenta como objetivo relatar caso grave de dengue em paciente sem comorbidades que evoluiu com complicações cirúrgicas. RELATO DE CASO: Paciente M.J.A.O.F, 52 anos, hígida, admitida na UTI do Hospital Regional Jose de Alencar da cidade de Uberaba com quadro de dor abdominal difusa há 1 semana, associado à mialgia, astenia, náuseas, vômitos e prurido difuso. No pronto socorro na manhã da internação apresentava anemia severa com hemoglobina de 5,0 com necessidade de transfusão sanguínea e teste NS1 positivo para dengue. Ao exame físico da admissão tinha mucosas descoradas 2+/4+, taquicardia, desconforto respiratório com necessidade de suplementação de oxigênio, abdome distendido, com descompressão brusca positiva e percussão maciça. Realizada tomografia de abdome que evidenciou: presença de líquido livre em cavidade abdominal, material hiperdenso finamente heterogêneo subcapsular esplênico, podendo corresponder a hematoma, 710ml; hepatomegalia, edema periportal e derrame pleural bilateral. Após avaliação da equipe cirúrgica indicado laparotomia exploratória, evidenciado no intraoperatório: ruptura esplênica por hematoma subcapsular, com em torno de 2 litros de sangue na cavidade intra abdominal, procedido à esplenectomia. Transfundido 3 concentrados de hemácias e 3 de plaquetas no intraoperatório. No primeiro dia pós operatório paciente com melhora clínica sem uso de drogas vasoativas, com melhora do desconforto respiratório e mantendo valores de hemoglobina estáveis entre 10,2 e 10,7. Paciente recebe alta hospitalar no 5º dia pós operatório sem intercorrências e segue acompanhamento ambulatorial, com realização das profilaxias adequadas no pós operatório de esplenectomia. DISCUSSÃO: Raros são os casos de complicações cirúrgicas da dengue na literatura, portanto, deve-se atentar aos sinais de alarme, como: Dor abdominal intensa e contínua; vômitos persistentes; Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural); Hipotensão postural e/ou lipotimia; Letargia e/ou irritabilidade; Hepatomegalia; Sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito¹. Quanto mais rápido identificados os mesmos, mais rápido ações categóricas podem ser tomadas pela equipe médica para tratamento adequado das complicações com ampliação da sobrevida dos pacientes. Deve-se atentar também para histórias clínicas sem fatores de risco clássicos ou típicos, uma vez que, no caso apresentado, o paciente possui 52 anos de idade e nenhum outro fator de risco previamente conhecido. No que concerne à técnica cirúrgica, necessita ter alto conhecimento da anatomia da irrigação para evitar ligaduras errôneas de artérias e veias que suprem órgãos adjacentes ao baço, como o pâncreas. ²

 

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.011-001

 


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This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Gabriela Assunção Moreira e Silveira, Guilherme Azevedo Terra

Author(s)

  • Gabriela Assunção Moreira e Silveira
  • Guilherme Azevedo Terra