Abstract
Este artigo tem por objetivo apresentar peculiaridades, evolução histórica e críticas diversas a respeito da eficácia do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) enquanto instrumento de aferição da qualidade do ensino superior no Brasil. Partiu-se do princípio de que o instrumento foi criado para tentar superar a concepção de avaliação restritiva aos conteúdos adquiridos ao longo dos cursos de graduação, como ocorria com seu antecessor - Exame Nacional de Cursos, o Provão, objetivando também valorizar um conjunto de habilidades e competências adquiridas no decorrer da formulação dos cursos de graduação, questões baseadas em problemas, além da avaliação dos conhecimentos gerais, sobretudo acerca da realidade brasileira dentro do cenário mundial. No entanto, observa-se que com o passar dos anos ainda há objeções com relação ao Enade enquanto indicador de qualidade dos cursos de nível superior, e que o novo exame não superou o antigo Provão em nível de expectativas e até mesmo sofre das mesmas falhas, aliadas a outras que serão melhor destacadas no decorrer deste artigo. Embora o Enade seja apenas um dos três elementos utilizados pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) para aferição da qualidade dos cursos de nível superior ofertados pelas Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, as críticas recaem diretamente sobre ele, por ser o instrumento mais importante nesse sistema de avaliação e não estar correspondendo às expectativas depositadas sobre o mesmo.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevedi76016v22023-023