Abstract
A hipertensão arterial se destaca como a principal responsável pelos óbitos em gestantes, sendo uma causa obstétrica direta que acomete grande número de mulheres todos os anos. Diante disso, o estudo visa demonstrar a relação entre a taxa de mortalidade causada pelas Doenças Hipertensivas Específicas da Gestação (DHEG) e o impacto social e econômico gerado por essas comorbidades. O presente trabalho refere-se a um estudo epidemiológico, de natureza quantitativa transversal e observacional sobre doenças hipertensivas ocorridas durante a gestação. Foram utilizados dados de todas as mulheres que tiveram complicações e óbitos relacionados a doenças hipertensivas durante o período da gestação de acordo com a categoria CID-10, e foram coletados por meio de domínio público do TabNet do DATASUS (https://datasus.saude.gov.br). Além disso, foram avaliados dados referentes às possíveis complicações geradas para a mãe e o feto, e também, o impacto econômico causado pelas internações por essas afecções. O presente trabalho revelou que a região Nordeste foi a que apresentou maior taxa de mortalidade em comparação às demais. Isso pode ser reforçado pelo cuidado inadequado recebido pelas gestantes, uma vez que, em concordância com estudos anteriores, em regiões com menor qualidade do atendimento, como o que ocorre em países em desenvolvimento, as taxas de mortalidade materna por DHEG tendem a ser maiores e com maior gravidade de resultados negativos para a mãe e o feto que em países desenvolvidos.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-048