Como as mídias sociais podem desmistificar a vacinação do COVID-19: Uma revisão de literatura

Abstract

Introdução: Existem muitas formas de veiculação das informações em saúde, entre as quais podemos destacar os meios de comunicação em massa (mídia televisiva e escrita, rádio), familiares, a própria igreja, os serviços de saúde como também a internet. Devido a essa gama de informações difundidas pelas mídias sociais, que tornou-se ainda maior e mais exibicionista desde o início da pandemia do Coronavírus no Brasil e no mundo, as organizações científicas e médicas vêm alertando para a quantidade de notícias falsas relacionadas à COVID-19, popularmente chamadas de fake news.

Material e método

Foi realizada uma revisão sistemática na base de dados PubMed e Bireme com os descritores “mídias sociais”, “vacinação”, “COVID-19”, “fake news. Foram encontrados 107 artigos para análise. Após revisão aos pares, avaliamos 30 artigos científicos.

Revisão de literatura: Com diversos autores ainda refletindo sobre a definição de fake news, um conceito possível é o de “histórias falsas que parecem ser notícias, espalhadas na Internet ou usando outros meios de comunicação, geralmente criadas para influenciar visões políticas ou como uma piada”. Informações falsas disseminadas nas redes digitais e sociais são especialmente preocupantes para a saúde pública, visto que podem prejudicar a eficácia de programas, campanhas e iniciativas que visam à saúde e ao bem-estar dos cidadãos, como também ajudar as pessoas decidirem se irão ou não se vacinar contra uma doença.

Comentários finais: As fake news divulgadas durante os primeiros 6 meses da pandemia de COVID-19 no Brasil se caracterizaram, principalmente, por conteúdos de posicionamento político e desinformação sobre número de casos e óbitos e medidas de prevenção e de tratamento. Os principais veículos de divulgação das fake news foram o WhatsApp e o Facebook, com utilização de mensagens, imagens e vídeos, tendo maior alcance nas regiões Sudeste e Nordeste do país.

DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-038