Abstract
A cirurgia robótica é uma operação minimamente invasiva na qual a manipulação dos instrumentos se dá pelos braços do robô comandados por um cirurgião à distância, através de um dispositivo que aciona e dirige os movimentos do robô. As vantagens são a realização de movimentos mais precisos, a redução de sangramentos e dos riscos de infecção, o menor tempo de internação do paciente e a recuperação mais rápida. Em 2018, cerca de dois milhões e quatrocentos mil cirurgias eletivas foram realizadas em todo o Brasil, e a cirurgia robótica chegou à marca de 17 000. O objetivo geral da pesquisa foi comparar os custos e os benefícios da cirurgia robótica e das cirurgias convencionais em diferentes especialidades médicas. Nota-se uma carência de estudos em relação às vantagens e desvantagens da cirurgia robótica em comparação às técnicas mais convencionais. Escolheu-se abordar a cirurgia robótica nas três áreas que mais a utilizam no Brasil: Cirurgia do Aparelho Digestivo; Ginecologia e Obstetrícia e Urologia. Dentro das especialidades abordadas, de uma maneira geral, comparativamente `à laparoscopia, a cirurgia robótica parece estar relacionada a índices menores de perda sanguínea intraoperatória, menos infecções e complicações, menor tempo de internação e resultados finais do procedimento semelhantes. O custo é superior, com poucos estudos que fazem levantamentos de custo, mas há uma média de 30% a mais no valor de uma operação robótica. A cirurgia robótica ainda é limitada, carece de estudos para sua consolidação. Essa técnica é muito interessante dentro da Urologia nos procedimentos de prostatectomia, visto que pode ajudar significativamente na manutenção de nervos da região e evitar incontinência urinária e impotência sexual. A cirurgia robótica parece ser uma técnica cirúrgica confiável, segura e viável como opção em detrimento da laparoscopia e laparostomia, embora sejam necessários mais estudos, ensaios clínicos amostras significativas, principalmente no Brasil, para afirmar suas vantagens em relação às outras técnicas.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-028