Abstract
A violência é um dos principais desafios ético-políticos em âmbito nacional e local. Possui diversos tipos dentre eles, a violência institucional contra médicos. Tal violência, antes relatada somente nas grandes metrópoles, hoje sofre a interiorização, disseminando em todos os municípios do Brasil. Ao menos em tese, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já introduziu medidas de conscientização sobre as agressões vividas pelos médicos, mas ainda há aumento relativo nos casos de hostilidade vivenciada por estes profissionais. O presente estudo teve o objetivo de realizar uma análise documental da violência em médicos no Brasil. Trata-se de uma pesquisa exploratória e documental no site do CFM e após a escolha das publicações e seleção do conteúdo, procedeu-se a fase de análise dos dados, fundamentado na Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados apontaram que as principais causas de violência contra os médicos são: a demora no atendimento, falhas na assistência, falta de harmonia, discordância quanto às condutas e a deterioração da relação médico-paciente, insatisfação com o serviço; pobreza e doenças psíquicas. Esse tipo de violência prejudica os trabalhos e tem levado ao adoecimento de médicos e até a decisão de se desligarem do trabalho, deteriorando a qualidade assistencial. Como medidas preventivas se pode destacar a criação de comitês de bioética, registro em forma de boletins de ocorrência por parte dos médicos, medidas de melhorias de infraestrutura e recursos humanos, entre outros. Conclui-se que investimentos em saúde são necessários, facilitando atendimentos, não faltando materiais de trabalho e acelerando exames complementares a cada consulta. Tais medidas, podem minorar os riscos para acontecimento desse agravo à saúde.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-015