Abstract
Estratégias a fim de superar os pontos fracos dos biopolímeros e ampliar sua área de aplicação vêm sendo largamente estudadas, e uma das alternativas consiste em combina-los com outros materiais (plastificantes, outros polímeros e biopolímeros, extratos naturais, agentes antimicrobianos, grupos aminoalquil, agentes reticulante). Este estudo buscou investigar a melhor estratégia de incorporação da solução aquosa de schizophyllan (SPG) na membrana de celulose bacteriana (CB) com o objetivo de conferir ao produto final propriedades atraentes para aplicações na área médica. Para promover maior afinidade entre os biopolímeros, a membrana de CB foi modificada com um aminosilano. Metodologias diferentes foram testadas e a eficiência de incorporação do SPG em matriz de CB foi avaliada. Por espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) foi possível identificar que a CB que foi funcionalizada apresentou bandas em torno de 1600 cm-1 atribuídas às deformações de grupos NH2. Entretanto, a análise de difratometria de Raios X (DRX) não revelou a presença do SPG, mas usando outra metodologia o SPG estava presente pelo surgimento de um novo pico em aproximadamente 28 ° (2θ). Existe um indicativo pelas imagens de microscopia eletrônica de varredura (MEV) da presença do SPG na matriz da celulose. Quanto a estabilidade térmica dos biocompósitos não ocorram mudanças significativas que comprometessem a sua aplicabilidade. Este estudo mostrou que as metodologias abordadas são complementares e devem ser fundidas para obtenção de melhores resultados e que uma das metodologias aplicadas aos biopolímeros sem modificação deve ser melhor investigada.
DOI:https://doi.org/10.56238/tecavanaborda-020