Abstract
O objetivo deste capítulo é apresentar o conceito, etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e formas de tratamento da neurite óptica. A neurite óptica é considerada um distúrbio visual agudo e grave, no qual, dependendo da etiologia, o prognóstico visual e o risco de lesões recorrentes podem variar. A neurite óptica se apresenta como infecção, inflamação e desmielinização envolvendo o nervo óptico, no qual é responsável pela recepção e transmissão de estímulos nervosos. Ainda, pode ser causada por uma reação autoimune direcionada contra este nervo. Tal distúrbio pode ocorrer de forma isolada ou se configurar como um sinal para outra patologia, como a esclerose múltipla. Acredita-se que as mulheres jovens sejam as mais afetadas, transformando a doença em uma das causas mais comuns de perda visual transitória em adultos jovens. Portanto, as características epidemiológicas típicas são sexo feminino, idade entre 20-50 anos e raça branca. Há duas principais apresentações clínicas de neurite óptica, típica e atípica, sendo importante distingui-las para detectar a etiologia subjacente e planejar o tratamento adequado e oportuno. O diagnóstico da neurite óptica depende da avaliação clínica e anamnese eficazes, bem como, de exames de laboratoriais e de imagens. O tratamento de formas típicas da neurite óptica é realizado com corticosteroides intravenosos em altas doses com objetivo de acelerar a recuperação visual. Formas atípicas podem necessitar de regimes prolongados de imunossupressores. No caso da neurite de origem infecciosa é necessário o uso de antibióticos ou quimioterápicos específicos.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciesaudesv1-057