Abstract
Relevância Etnofarmacológica: Rhizophora mangle L., conhecida como mangue vermelho, possui vários usos na medicina popular. É uma das plantas mais frequentes nos manguezais, inclusive no mangue brasileiro. Objetivo do estudo: A fim de avaliar a toxicidade in vitro do extrato de Rhizophora mangle, foi realizada a citotoxicidade dos extratos aquosos das folhas, caule e raiz, como também a caracterização do perfil fitoquímico. Materiais e Métodos: A citotoxicidade foi realizada através do método colorimétrico de brometo com 1 x 104 células/mL HeLa submetidas às concentrações de 100, 10, 1, 0.1, 0.01, 0.0001, 0.00001 µg/mL do extrato aquoso das folhas, caule e raiz da R. mangle, diluídos com Dimetilsufóxido a 0,1%. O perfil fitoquímico foi realizado através da Cromatografia em Camada Delgada para pesquisa de triterpenos, taninos, flavonóides, cumarinas, alcalóides e saponinas. Resultados: Houve proliferação de células Hela em todos os extratos aquosos de folha, caule e raiz da R. mangle. As concentrações dos extratos aquosos de folha de 100, 10, 1, 0.1, 0,01 e 0,001 µg/mL , do caule de 100, 10, 1, 0.1, 0.01 e 0.001 µg/mL e raiz 100 µg/mL apresentaram diferenças estatísticas quando comparadas ao controle. O perfil fitoquímico revelou presença de taninos e flavonóides nos extratos das folhas; taninos, flavonóides, triterpenos e saponinas no do caule, e na raiz revelou presença de taninos e triterpenos. Conclusão: Os extratos aquosos da folha, caule e raiz da R. mangle L. apresentaram efeito proliferação em células HeLa; e na caracterização do perfil fitoquímico, os taninos estiveram presentes nos extratos das três porções da planta do mangue brasileiro o que sugere efeito mitogênico deste composto.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciesaudesv1-044