Abstract
O presente artigo versa sobre o entrelaçamento sociedade e educação, bem como a importância de uma educação crítica como requisito fundamental para uma sociedade democrática. Possui como objetivo apresentar e debater a competência política da educação e a função social da escola e dos docentes nesse quesito. Como percurso metodológico optou-se por resgatar e apresentar a definição do ser político da educação, bem como analisar os discursos trazidos pelo Movimento Escola Sem Partido (MESP), que de forma “despretensiosa” foi ganhando destaque no cenário político-partidário nacional sob a bandeira de “neutralidade” e “apartidarismo”, mas que por debaixo das fake news guardava um arsenal de ideologias neoliberais e de ataques a autonomia da escola e ao senso crítico. Desse modo, o presente texto, sem pretender esgotar o assunto, avança no debate e advoga pela defesa do espaço escolar enquanto local apropriado para o debate, o diálogo, o confronto de ideias tão salutares na construção do conhecimento e de forma democrática que todos os olhares sejam trazidos, sem a interferência de partidos políticos e de leis que visam limitar a construção dos saberes dos estudantes às versões estipuladas por determinados grupos que ocupam a máquina do Estado visando a manutenção de uma sociedade desigual por, entre outros meios, do controle das informações.
DOI:https://doi.org/10.56238/aboreducadesenvomundiv1-027