Abstract
Desde 2012 observa-se no Brasil uma crescente visibilidade dos homens trans na mídia e movimentos sociais. Mas os estudos sobre transmasculinidades são praticamente inexistentes e os homens trans parecem ter menos visibilidade que as transexuais femininas. A única condição para que uma pessoa seja reconhecida como trans é que se autorreconheça como dissidente do pertencimento de gênero exclusivo que lhe foi imposto no nascimento. Este artigo tem como objetivo contribuir com o debate e a reflexão sobre teorias que reforçam corpos e identidades essencializadas ou definidos por marcadores biológicos. É parte da tese de doutoramento em psicologia clínica da Universidade Católica de Pernambuco “Além da pele: o corpo de antes e o que se fabrica a cada dia. Memórias, trama de desejos e práticas de homens trans”. Concluímos que gênero não é da ordem da natureza, é uma construção a partir das convenções morais e sociais e não está condicionado à existência de uma determinada genitália e/ou órgãos reprodutivos.
DOI:https://doi.org/10.56238/cienciasaudeestuepesv1-088