Abstract
Este estudo objetivou avaliar o comportamento infantil, as rotinas alimentares e as condições de saúde bucal em um grupo de 100 escolares do Recife/PE, com idades entre 5 a 12 anos, após dois anos de pandemia da COVID-19. Realizou-se um estudo transversal, entre os meses de agosto a outubro de 2022, por meio pesquisa online com os responsáveis e exames clínicos, realizados no ambiente escolar por uma pesquisadora calibrada. Observou-se que 57% das crianças apresentaram alterações comportamentais durante a pandemia e 49% ainda apresentaram alterações no período após 2 anos. Entre essas, as mais frequentes foram: agitação, ansiedade e dificuldades para dormir. Mais da metade apresentaram alterações nas rotinas alimentares (51%) e de higiene bucal (60%). A prevalência de cárie foi de 32% e as médias do ceo-d e CPO-D foram, respectivamente, 1,14 e 0,07. Observou-se que 36% das crianças ainda não tinham ido ao dentista, enquanto 30% precisaram ir ao dentista durante a pandemia por queixas de dor (45%) e cárie (35%). A maior parte das crianças apresentaram alterações comportamentais e nas rotinas alimentares e de higiene bucal. Considerando dados de estudos anteriores, não houve incremento de cárie na população estudada.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciênciasaudeestuepesv1-087