Emprego da dexmedetomidina em bolus no delirium de emergência em pacientes pediátricos: Revisão sistemática

Autores/as

  • Rômulo Carvalho Costa
  • Lorena Gabryelly da Silva Alves
  • Nycolle Evelyn Mendonça da Silva

Palabras clave:

Dexmedetomidina, Bolus, Delirium de Emergência

Resumen

O delirium de emergência (DE) é definido como uma perturbação da consciência do paciente pediátrico ao longo do período pós-operatório imediato. É um fenômeno autolimitado e, usualmente, dura de 15 a 30 minutos, entretanto, possibilita uma maior probabilidade de remoção acidental de cateteres, curativos e drenos. A DE possui incidência em torno de 18 a 80% e possui fatores de risco como tipo de procedimento cirúrgico, técnica anestésica e características clínicas do paciente. A dexmedetomidina (DEX) é um agonista do receptor alfa-2 adrenérgico que promove sedação e analgesia ao paciente, além de mínima depressão respiratória. A DEX está relacionada com a diminuição de delirium, estresse pós-operatório e elevada satisfação do paciente. Este trabalho tem a finalidade de averiguar a empregabilidade da dexmedetomidina em bolus no delirium de emergência. Foram utilizadas como bases, as plataformas PUBMED, SCIELO, LILACS, COCHRANE LIBRARY e EMBASE. Ao todo, foram encontrados 20 artigos, dos quais 10 foram excluídos após a leitura do título e resumo. Durante a leitura completa dos demais, 4 foram eliminados por critérios de exclusão e assim, apenas 6 artigos foram incluídos nesta revisão. Destes, foram avaliadas 466 crianças e notou-se que a administração rápida, em bolus, intravenosa, de DEX melhorou a recuperação dos pacientes, bem como, reduziu a incidência do DE. Além disso, esse medicamento provocou uma extubação suave e sinais vitais mais estáveis para os pacientes pediátricos. Somado a isso, a DEX de 0,75 e 1,00 micrograma/kg melhorou o perfil de recuperação e reduziu a incidência do DE. Comparativamente ao propofol, a DEX em bolus foi mais eficaz no tratamento do DE em crianças ao longo do estágio pós-anestésico inicial. Ademais, a DEX, em bolus, reduz de forma significativa a necessidade de analgesia de resgate sem o comprometimento hemodinâmico nas crianças submetidas em cirurgia oftálmica. Desse modo, o emprego da DEX provocou benefícios com a redução da incidência, no tratamento e prevenção do DE, além de manter estáveis os sinais hemodinâmicos dos pacientes pediátricos. 

Publicado

2024-08-19